sexta-feira, 16 de novembro de 2007

E por falar em Gulliver...

A política, apesar dos políticos, é para mim um assunto magnético. Além de acompanhar o noticiário diariamente no rádio, TV, jornais impressos e internet, tenho tido a sorte de encontrar grandes reflexões em meus livros de cabeceira. E normalmente no teor que mais me apetece - o crítico. Tomar notas das passagens favoritas de livros é hábito em minha rotina de leitura. Jonathan Swift, sem que eu esperasse por isso, está ganhando linhas e linhas em meus fichamentos, com suas ácidas conclusões competentemente proferidas pelos soberanos a quem Gulliver encontra em suas desventuras:
"Quanto a ele, resumira a ciência de governar em estretíssimos limites, reduzindo-a ao senso comum, à razão, à justiça, à brandura, à rápida decisão dos processos civis e criminais e a outras práticas semelhantes ao alcance de toda a gente e que não merecem referência. Por fim, arriscou este estranho paradoxo que, se alguém pudesse fazer crescer duas espigas ou dois bocados de erva num pouco de terra onde antes só havia um, mereceria mais do gênero humano e prestaria um serviço mais essencial ao seu país do que toda a raça dos nossos sublimes políticos"
Curioso como tais idéias soam atuais! Parecem até remeter a países menos "fictícios". Na dúvida, troco um caminhão de "sublimes políticos" por duas espigas de milho. Ah, é claro, devolvo a diferença.

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