sábado, 29 de dezembro de 2007

Violência urbana... até quando?

O adiantado da hora e uma taça a mais de vinho não me alijam da reflexão. Pelo contrário, penso eu, aguçam a percepção. A violência urbana, por mais corriqueira que se apresente, continua a chocar. Destrói famílias, abrevia histórias, joga na vala comum sonhos e ilusões que agora são apenas passado ou mera lembrança dos que ficaram. Diariamente, vidas são levadas, não raro, estupidamente. Até quando deveremos nos curvar à ditadura da resignação? Eis o caminho natural para se superar a dor e conseguir levar a vida, depois do choque da perda. Até quando? Se olharmos para a justiça, restará a ampliação do desespero. Se olharmos para o ritmo natural da vida em sociedade, depararemo-nos com uma realidade ainda mais desesperadora. Ou seja, o desamparo é total. O que fazer? Jornais, revistas, estudiosos há muito tentam responder. Inutilmente, até agora. O homem, lobo do homem, segue sendo seu próprio algoz. Até quando a ditadura da violência pairará sobre nós?

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