sábado, 15 de dezembro de 2007

O mais bonito do mundo!

Não há como não se sentir a pessoa mais bonita do mundo, tendo sido tocado pela fortuna. Antes que, além da pessoa mais bonita do mundo, eu também me torne o melhor alvo para seqüestro-relâmpago do mundo, não me refiro aqui à fortuna financeira. Falo daquela outra, cujo significado pode ser boa sorte, ventura, êxito. E por quê? Bem, se eu quisesse abreviar o relato – não seria de todo mal, porque o espaço aqui é curto –, o simples fato de estar vivo e com saúde já me tornaria esse esplendor de beleza. De fato, que maravilha! Acordar toda manhã, olhar e sentir o dia nascendo, com seu frescor de sol brando e luz amena... não é um presente? O corpo acaba por captar o espetáculo e, tal como a lua, que reflete a poesia do sol, toma emprestado tamanho deslumbramento para gerar o seu. Aquilo que nos torna magistralmente belos vem dos primeiros instantes de nossas vidas. Eis a época em que a natureza, envaidecida de mais uma vez ter produzido o ser mais bonito do mundo (e são milhares todos os dias), deixa-nos com aquele aspecto tão encantador e tão peculiar dos bebês. Agora, aqui sentado no meu computador, ao som dos Beatles e com o violão no colo, espero pacientemente que a natureza repita o espetáculo. É a minha Laura que vem chegando. Só mais dois meses, pelos quais esperarei a reprise de uma apoteose única.

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