sexta-feira, 10 de abril de 2009

Feijão racionado e 'a' arroz de festa

Não tem jeito: nem quando cai na real, "o cara" cai na real. Sooou estranho? Explico.
"O cara" perdeu semanas e mais semanas importantíssimas, tentando negar a existência de uma crise que saltava à vista de olhos de todas as cores, do mundo inteiro. Enquanto isso, a grande onda devastava economias (no macro) e famílias (no micro). Dizimava empresas, deixando, para contar história, um rastro de pais e mães de família desesperados.
Eis que os fatos, escancarados, vindos de encontro à cara "do cara", tardiamente foram notados. E qual a providência do mais popular de todos? Novas pérolas e mais metáforas.
Diante do inevitável corte no repasse de recursos aos municípios, textualmente pediu aos prefeitos medidas criativas para o problema. OK, o brasileiro é muito criativo e dá jeito para (quase) tudo. Como, por exemplo, botar água no feijão. Chico Buarque brilhantemente deu não só a receita, mas também o milagre da multiplicação.
Afinal, já que governar é eleger prioridades, não estaria de todo errado o raciocínio. Só não dá para entender por que "o cara" não coloca a sua vasta máquina administrativa para botar água no feijão. Em lugar disso, "o cara" prefere a penúltima estrofe da feijoada completa: "Diz que tá dura, pendura a fatura no nosso irmão". E assim, "o cara" vai transferindo e delegando soluções as quais ele mesmo não enxerga.
A continuar nessa fervura, penso que "o cara" precisará de medidas criativas também para delegar e transferir os votos para a "Ministra-Chef", que, a propósito, já virou arroz de festa e acompanhamento indispensável do prato principal.
Só queria saber quem é que vai conseguir arrumar essa cozinha.

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